terça-feira, 10 de março de 2020

História do sobrenome Mattos


De acordo com os grandes genealogistas como o Visconde de Sanches de Baena, genealogista português, em sua obra "Archivo Heráldico-Genealógico", a família Mattos tomou o sobrenome da Quinta Mattos, na freguesia de São Cibram, da comarca de Lamego.
A referida quinta foi fundação de D. Paio Viegas, cujo filho, D. Hermígio Paes de Mattos, foi o primeiro que assim teve esse sobrenome.
Fizeram jus ao brasão de armas em Portugal, devidamente registrado no Livro da Torre do Tombo, a folha 23.

Família das mais antigas de Portugal, pois descende dos reis do Reino de Leão, por D. Hermigo Alboazar, senhor do castelo de Távora e de sua mulher, D. Dórdia Osores,
de quem foi filho D. Egas Hermigues. Este D. Egas, bisneto por varonia de rei D. Ramiro II do Reino de Leão, casou com D. Gontinha Eris, filha de D. Ero, conde de Lugo e um dos maiores senhores do seu tempo. Pelo seu grande valor foi D. Egas Hermigues chamado de o “Bravo”.
Fundou o mosteiro do Freixo, com sua mulher, de que teve D. Payo Viegas, herdado do conselho de Argos, comarca de Lamego, onde fêz a Quinta de Mattos, na qual viveu. Do seu matrimônio nasceu D. Hermigo Paes de Mattos, sucessor da casa paterna e primeiro do sobrenome, que tomou da quinta cujo senhorio tinha. Foi, também, senhor das quintas do Amaral e de Cardoso e muito devoto do mosteiro de Santa Cruz, de Coimbra, pelo que os cónegos regrantes de Santo Agostinho lhe deram carta de seu familiar, a fim de poder lograr as indulgências concedidas pelos Papas aos familiares da ordem. No livro dos óbitos do mesmo mosteiro, chamando-se-lhe <<familiaris Sanctae Crucis>> se refere a sua morte, ocorrida em as nonas de Novembro.
Teve do seu casamento vários filhos, dois dos quais foram, respectivamente progenitores dos Amarais e dos Cardosos, por lhes terem cabido os senhorios das quintas do Amaral e de Cardoso, de que tomaram seus sobrenomes.

O filho mais velho, Payo Hermigues de Mattos, sucedeu no senhorio da Quinta Mattos e no de Rousais, viveu em tempo de D. Sancho II e D. Afonso III, foi senhor do casal de Neomais, trazendo as referidas quintas por honra, como se vê das inquirições, em que se lhe chama Miles e tinha muitas herdades, compradas a Martim Anes, João Moniz, João Gonçalves e Pedro Feio, situada em Ruivães, termo de Vila Boa, e na Vila de Santa Maria. Do seu Matrimônio houve geração que propagou o sobrenome Mattos.

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